Bons motivos para visitar a Tokyo DisneySea no Japão


Se há parque no qual não me importaria nada de estar agora é a Tokyo DisneySea. Um verdadeiro regalo para quem adora a Disney, adora diversões e perder-se na atenção aos pormenores que são dados em todos os espaços. Logo ao lado existe uma Disneyland, mas, ao contrário de Paris, não existe nenhum bilhete que dê acesso aos dois recintos no mesmo dia. Como só tínhamos um dia para visitar um destes espaço, a Disneyland acabou por ficar de lado por uma razão muito simples: era construída tendo como base a DisneyWorld de Orlando, sendo-lhe muito semelhante, enquanto a DisneySea é única em todo o mundo. Sim, única!



A TOKYO DISNEYSEA
Inaugurada em 2011, a Tokyo DisneySea é o nono parque de diversões da Disney que surgiu a nível mundial. Contudo, não pertence à The Walt Disney Company, mas sim à The Oriental Land Company, com licenças adquiridas à primeira. A nível geral, é o parque mais caro de sempre, com um custo estimado em mais de 3 biliões de euros. O tema deste espaço é a água, o mar (como já devem ter percebido pelo 'Sea' no nome) e isso nota-se assim que se entra no espaço. Ao contrário dos restantes parques Disney, nos quais é possível ver um castelo assim que se chega ao recinto, na Tokyo Disney Sea temos de atravessar uma zona de inspiração italiana para se chegar a uma lagoa enorme que tem um vulcão de fundo. E sim, durante o dia o vulcão deita fumo e até fogo!


O recinto está dividido em sete espaço diferentes:

  • Mediterranean Harbor, inspirado no Sul da Europa, com direito a passeios de gondolas e de ferryboats. É aqui que estão muitas das lojas, apesar de todo o recinto ter espaços destes. 
  • American Waterfront, a fazer lembrar New England, nos EUA, no início do século XX, com uma versão diferente da Tower of Terror (uma vez que tem uma história e dinâmica diferente de todas as atrações com o mesmo nome), o fenómeno que o ToyStory Mania e ainda um elétrico que leva a uma outra zona do parque.
  • Port Discovery, mais futurista e que parece saído do filme "À Procura de Dory", com direito a uma cópia do Instituto de Vida Marinha;
  • Lost River Delta, que nos transporta para a América Central, com florestas tropicais e ruínas a decorar o espaço.
  • Arabian Coast, saído do filme "Aladdin", com espaço para uma versão de Agrabah e até da fonte do jardim de Jasmine no palácio;
  • Mermaid Lagoon, uma delícia para todos os fãs de "A Pequena Sereia", uma vez que conta com uma réplica da Atlântida, com direito a espaço dentro do palácio que nos parece levar para o fundo do mar.
  • Mysterious Island é uma zona do parque dedicada à obra de Júlio Verne e que nos leva para dentro do vulcão que avistamos de todos os pontos do recinto.


COMO CHEGAR
Se estão hospedados na cidade, têm de fazer uma pequena deslocação. Apanhem um comboio até à estação Maihama. Aí, é possível ir numa espécie de elétrico que para mesmo em frente à entrada do recinto. Nós colocámos de lado este meio de transporte e preferimos fazer o caminho a pé. A distância não é muita e tínhamos tempo até à abertura do parque.



AS MELHORES DIVERSÕES
Escolher o melhor é sempre muito subjetivo, mas aqui fica o meu top, sem ordem de preferência:

  • Indiana Jones Adventure: Temple of the Crystal Skull - entrem num carrinho e viagem a alta velocidade pelo túmulo da caveira de cristal. Com direito a perseguição de bola de pedra gigante!
  • Raging Spirits - a única montanha-russa do parque com um loop de 360º.
  • Journey to the Center of the Earth - visitar o centro da terra e acabar por percorrer tudo a grande velocidade quando "algo de errado" acontece.
  • 20 000 Leagues Under the Sea - parece que estamos a explorar um lado secreto do oceano em submarinos saídos das obras de Júlio Verne.
  • Sinbad's Storybook Voyage - uma diversão tranquila e amorosa que nos faz encantar pelas personagens e pela música.
  • Tower of Terror - apesar de semelhantes às outras Torres do Terror, esta tem uma história especial e que acaba por ser melhor explorada do que as outras.
  • ToyStory Mania - semelhante ao Buzz Lightyear Laser Blast da Disneyland Paris, esta atração é mais focada nos bonecos do quarto do Andy, sendo divertida pela vertente de competição.



ALIMENTAÇÃO

São muitos os espaços de restauração ao longo de todo o parque. O mapa e guia do parque que vos é entregue à entrada tem um espaço que distingue os restaurantes, dizendo onde estão localizados, a média de preços que praticam e ainda se são buffet, de pedido à mesa ou género cantina. Nós acabamos por preferir ir petiscando ao longo do dia, preferindo tomar uma refeição quente no Sebastian's Calypso Kitchen, só pela graça de ser localizado dentro da Atlântida e parecer estar mesmo no fundo do mar. Aí, comemos hambúrgueres temáticos que estavam saborosos.
Uma coisa que achámos muita graça foram as muitas bancas de pipocas espalhadas ao longo do recinto. É que todas tinham sabores diferentes! Havia as mais tradicionais, de sal ou de caramelo, mas outras de sabores mais estranhos, como foi o caso da pimenta preta, caril, tomate, leite de chocolate, e mirtilo. Provámos alguns destes sabores (fiquei fã das de pimenta preta apesar de as de mirtilo também serem muito boas).



DICAS
Primeira dica para qualquer pessoa que visite a Tokyo DisneySea: fastpass. Segunda: fastpass. Terceira fastpass. E o que é o fastpass? É um bilhete tirado em máquinas junto das atrações com maior adesão que marcam uma hora na qual temos prioridade para andar nela.
Fomos à DisneySea em outubro, num dia de semana, mas mais parecia feriado durante a época alta. O parque fica realmente cheio e os japoneses gostam de aproveitar ao máximo as diversões. Além disso, são muito pacientes, levando para as filas tablets e telemóveis com powerbanks para poderem estar entretidos enquanto esperam a sua vez. E podem acreditar que esperam. O tempo máximo que estivemos numa fila aconteceu na diversão ToyStory Mania: foram quase 3 horas de desespero! Não se deixem enganar pelas pessoas que veem fora das diversões, pois aquilo lá dentro tem imensos espaços para as filas que continuam (e continuam...) lá dentro. Como tal, sem o fastpass não teríamos conseguido andar em todas as diversões que queríamos.
O truque é chegar e ir logo para uma diversão que queiram mesmo ir (daquelas que sabem que vão encher logo). Não apanham fila, andam na diversão e de seguidavão para uma outra para tirarem o fastpass. Porque não aconselho tirarem logo o ticket no momento em que chegam ao parque? Porque é o que toda a gente faz, o que dá origem a filas de cerca de uma hora só para tirar o dito papelinho. Conclusão: tempo em que não andaram em diversões quando as filas são praticamente inexistentes.
Mas atenção: não se pode tirar vários fastpass ao mesmo tempo. Quando tirarem o ticket, ele aponta a hora a partir da qual podem ir buscar outro. A partir daí conseguem programar melhor as atrações que vão visitar e em que altura do dia.



CURIOSIDADES
Os japoneses são únicos. De certo que durante a estadia vão perceber as peculiaridades deste povo, mas ainda assim que vão ficar surpreendidos com o comportamento deste povo nos parques de diversões. São ordeiros, respeitam os outros, não incomodam ninguém e ainda conseguem abrilhantar esta experiência ao vestirem-se a rigor para um dia de diversão na Disney. Como? Mascarando-se de forma exemplar como as personagens do universo Disney. Acreditem, chega a um ponto em que é difícil perceber quem é figurante do parque e quem é visitante. Além disso, muitos vão assim para fazerem verdadeiras sessões fotográficas, por isso não fiquem admirados por os encontrarem a fazerem poses inesperadas. E são poucos os que se importam de tirar fotos com outros visitantes.

Neste país, Mickey, Donald e Pateta disputam atenções com uma personagem que é praticamente desconhecida do resto do mundo: o ursinho Duffy. Trata-se de um peluche da Disney que foi ignorado em todo o lado menos no Japão. Lá existe uma verdadeira febre à volta desta figura. São muitos os visitantes que levam o seu ursinho para o parque e que aproveitam para comprar novos acessórios para ele (sim, existem inúmeras roupinhas novas para o peluche). Além disso, ao longo do recinto, existem muitos espaços específicos para as pessoas colocarem o seu ursinho e tirarem fotografias especiais.


Sabem o espetáculo noturno que marca o final do dia? Aqui não acontece em nenhum castelo mas sim no meio da lagoa inspirada no Mar Mediterrâneo. Vários marcos ornamentados e com dispositivos visuais únicos passeiam nestas águas ao mesmo tempo que existem projeções de luz e até de fogo. E mais uma vez os japoneses nos surpreendem: se noutros parques da Disney temos de procurar um lugar para melhor vermos o espetáculo, aqui o staff do parque "arruma" os visitantes em zonas próprias para o efeito, que acabam por assistir a todo enquanto estão... sentados! Assim toda a gente consegue ver bem o que se está a passar.


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